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Santander | 31/10/2025
Lucro do Santander cresce 15,1% em nove meses e chega a R$ 11,5 bilhões, enquanto banco segue fechando postos de trabalho

O Banco Santander registrou lucro líquido gerencial de R$ 11,529 bilhões nos nove primeiros meses de 2025, crescimento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com o trimestre anterior, o resultado também apresentou alta: o lucro líquido passou de R$ 3,659 bilhões no 2º trimestre para R$ 4,009 bilhões no 3º trimestre, alta de 9,6%. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado atingiu 17,5%, aumento de 0,5 ponto percentual em doze meses.

Segundo o banco, o desempenho positivo decorre do crescimento das receitas totais. No acumulado do ano, as comissões subiram 4,1%, com destaque para cartões e seguros. No trimestre, o avanço foi de 6,7%, impulsionado pelas receitas de cartões, seguros, mercado de capitais e operações de crédito.

No cenário global, o Santander alcançou € 10,337 bilhões de lucro no período, alta de 11% em doze meses. Já são seis trimestres consecutivos de lucro recorde, segundo a matriz espanhola. O Brasil foi responsável pelo segundo maior resultado do grupo, com € 1,589 bilhão, atrás apenas da Espanha (€ 3,233 bilhões), o que representa 15,4% do lucro global.

 

Lucro versus condições de trabalho

Apesar do desempenho financeiro expressivo, o banco manteve o processo de redução de postos de trabalho e fechamento de unidades. A holding encerrou o 3º trimestre de 2025 com 51.747 empregados, o que representa a eliminação de 3.288 vagas em doze meses, sendo 2.171 apenas no 3º trimestre. No mesmo período, o Santander fechou 585 pontos de atendimento, entre lojas e PABs, 157 entre julho e setembro.

Enquanto isso, a base de clientes cresceu em 4 milhões, totalizando 72,8 milhões de correntistas.

Para a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz, o resultado financeiro do banco evidencia o contraste entre o lucro crescente e a piora nas condições de trabalho e atendimento. “É lamentável a postura praticada pela direção do banco Santander no Brasil. Trata-se de um desrespeito aos trabalhadores que geram o lucro do banco e também aos seus clientes, que pagam por isso com a piora na qualidade dos serviços e o aumento das tarifas bancárias. O banco deveria ter uma responsabilidade econômica e social no nosso desenvolvimento, tratando todos com respeito e oferecendo melhores condições de trabalho”, afirmou Wanessa.

 

Carteira

A Carteira de Crédito Ampliada totalizou cerca de R$ 688,8 bilhões ao fim de setembro de 2025, com alta de 3,8% em doze meses e de 2% no trimestre. A carteira de pessoa física apresentou leve retração de 0,7% no período, influenciada pela queda no crédito consignado (-13,5%), parcialmente compensada pelos aumentos no cartão de crédito (+14,5%) e no crédito imobiliário (+8,9%). Já a carteira de pessoa jurídica cresceu 5,9%, com destaque para pequenas e médias empresas (+12,4%). O crédito ao consumo, majoritariamente voltado ao financiamento de veículos, avançou 12,6%.

A inadimplência acima de 90 dias chegou a 3,4% ao fim do 3º trimestre, alta de 0,2 ponto percentual em um ano. As despesas com provisões para devedores duvidosos (PDD) aumentaram 18,1%, somando R$ 19,8 bilhões.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias totalizaram R$ 16,9 bilhões, alta de 1,4% em relação a setembro de 2024. Já as despesas de pessoal, incluindo PLR, cresceram 3%, atingindo R$ 9,3 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 181,3%.

 

Leia a análise completa do Dieese sobre o balanço do Santander.

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