Nesta quarta-feira (8/7), bancários do Itaú realizaram um Dia Nacional de Luta para denunciar os sucessivos ataques aos seus direitos. O SindBancários se somou ao chamado do movimento sindical, exigindo o fim do desmonte imposto pelo banco, que lucra bilhões às custas da sobrecarga e do adoecimento dos trabalhadores.
A mobilização foi um grito de alerta contra o fechamento de agências, demissões em massa, precarização das condições de trabalho, metas abusivas e assédio moral. Mesmo com lucros estratosféricos – mais de R$ 11 bilhões só no primeiro trimestre de 2025 – o Itaú vem reduzindo postos de trabalho e sobrecarregando quem fica. O resultado é o adoecimento generalizado da categoria e filas intermináveis para os clientes.
Sindicato denuncia: metas abusivas adoecem
Dirigentes do Sindicato visitaram agências em Porto Alegre para dialogar com os colegas, distribuir materiais informativos e reafirmar o compromisso de apoiar os trabalhadores que sofrem com o desrespeito do banco.
Eduardo Munhoz, representante do RS na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, foi enfático. “O banco fecha agências, demite empregados e aumenta metas que adoecem. O Itaú até admite que há adoecimento mental, mas alega que por fatores múltiplos, como família e outras questões. Sabemos a verdade: com o lucro que tem, o banco poderia oferecer condições de trabalho dignas, mas não quer. Por isso lutamos”, afirmou.
Sandro Rodrigues, diretor do SindBancários e trabalhador do Itaú, relatou o impacto devastador da política do banco. “Muitos colegas nos procuram para pedir apoio para afastamentos. São vítimas das metas absurdas e da sobrecarga de trabalho. Na Capital, já tivemos 11 agências no Centro; agora são só duas para atender toda a população. É desumano”, pontuou.
Augusto Borges, diretor do Sindicato e conselheiro fiscal da Fundação Itaú, destacou a lógica perversa do banco. “O Itaú quer acabar com o atendimento presencial, empurrar tudo para o digital, ignorando a demanda real dos clientes. O banco segue a lógica do Santander e do Bradesco: terceirização, precarização e desrespeito aos trabalhadores”, denunciou.
Rodrigo Rodrigues, também diretor do SindBancários, alertou para os planos imediatos do banco. “O Itaú projeta fechar mais 55 agências até agosto. Para eles, o trabalhador é custo, sendo que o bancário é quem multiplica o lucro do banco. Mas quanto mais o banco lucra, menos saúde, qualidade de vida e respeito os trabalhadores têm. Chega! É hora de unir forças para barrar esse desmonte”, defendeu.
Números escancaram desrespeito
A realidade alarmante do Itaú:
- 222 agências fechadas em 12 meses;
- 1,4 milhão de clientes a menos;
- Superlotação nas agências restantes;
- Explosão de afastamentos por doenças psíquicas;
- Metas abusivas e realocações fraudulentas.
O Dia Nacional de Luta foi um recado claro à direção do Itaú: basta de destruir empregos e adoecer trabalhadores! O movimento sindical exige:
- Fim das metas abusivas e das demissões em massa;
- Mais contratações para garantir atendimento digno;
- Reabertura de agências essenciais;
- Segurança, saúde e respeito para quem constrói o lucro bilionário do banco todos os dias.
Esta luta é de todos. É hora de dar um basta ao desmonte promovido pelo Itaú!
Jornalista/Fonte
Imprensa SindBancários